Aos 18 anos, Adilson Alcântara já era um apaixonado pelas bicicletas. No começo, a magrela ficava guardada atrás da bilheteria e o jovem percebeu que fazia falta um estacionamento onde ele e outros ciclistas pudessem deixar suas companheiras guardadas em segurança.
Determinado a resolver o problema, Adilson alugou um espaço nos fundos de uma loja em frente à estação. No pequeno corredor, montou seu primeiro bicicletário, com 50 vagas. Anos mais tarde, ele montaria outro estacionamento, dessa vez com capacidade para quase 2 mil bicicletas.
O novo empreendimento, agora na Estação Mauá, da linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), virou modelo para construções do mesmo tipo no país e foi chamado pelo ITDP, um instituto internacional de mobilidade, como o “maior da América Latina”.
“O bicicletário virou referência. Tive que aprender a palestrar, a contar para uma turma a história do bicicletário”, comenta Adilson, hoje com 63 anos.