O especialista faz questão de destacar, no entanto, que as novas tecnologias de medicina regenerativa no tratamento do pé diabético não substituem as práticas convencionais: controle de infecção e vascularização adequada. A medicina regenerativa é uma realidade recente que complementa o tratamento convencional e acelera a cicatrização.
De modo geral, os tratamentos e linhas de pesquisa mais comuns para as úlceras crônicas em pés diabéticos, embora de grande importância, demoram a apresentar resultados e chegam a causar frustração em pacientes e profissionais, resultando inclusive em casos de afastamento do trabalho. O método desenvolvido no ambulatório do CHMSA se mostra mais resolutivo e menos oneroso.
Restauração – A partir da utilização de aparelho ultrassônico preciso, a equipe médica remove tecidos necróticos e preserva os tecidos saudáveis. Isso causa menos dor e traumatismos, além do efeito antimicrobiano que estimula a cicatrização. Trata-se de uma técnica curativa que visa melhorar ou acelerar a regeneração tecidual.
“A tecnologia avança e o controle de infecção das feridas em pés diabéticos é cada vez mais utilizado na medicina regenerativa. A resposta que temos aqui no CHM de Santo André demonstra claramente o quanto esses avanços são efetivos e eficazes no tratamento das feridas vasculares complexas”, reforça o diretor geral do Centro Hospitalar Municipal, Dr. Willian Faria.
Pelo protocolo ambulatorial de tratamento de úlceras crônicas com PRF de terceira geração são atendidos pacientes diabéticos oriundos de internação prévia, que passam por terapias para o controle de infecção, incluindo a preparação de uma membrana customizada para a superfície da ferida. Após a alta, a avaliação é semanal e, depois de 12 semanas, os resultados já são perceptíveis.
Os avanços do CHMSA no tratamento de úlceras vasculares foram apresentados durante o 1º Simpósio de Medicina Regenerativa do Centro Universitário FMABC, realizado no final de novembro no auditório do hospital. O evento reuniu diversos especialistas em cirurgia vascular que apresentaram as últimas inovações como o uso da Inteligência Artificial (IA) e da nanotecnologia a serviço da área médica.